Reportagem especial foi feita por cinco jornalistas mulheres e uma designer 

O Brasil é um país inseguro para as mulheres. Em Santa Catarina, mais de 500 mulheres foram mortas nos últimos 10 anos. É neste contexto que o NSC Total lançou, nesta semana, uma série de reportagens sobre as dores da violência doméstica com números, memórias das vítimas, atualização da legislação e perspectiva do que vem pela frente no combate a este problema vergonhoso e assustador. 

A reportagem especial “Cicatrizes: as marcas do feminicídio” é uma produção de cinco meses, feita a 12 mãos de mulheres – cinco jornalistas e uma designer. 

Para a editora do conteúdo, a jornalista Luana Amorim, a discussão sobre o tema é muito necessária ainda mais porque, no dia 9 de março, chegamos aos dez anos da Lei 13.104, conhecida como a Lei do Feminicídio. O texto anexado ao crime de homicídio determinava que, a partir daquele momento, todo o assassinato que tinha como cenário a violência doméstica e familiar, e menosprezo ou discriminação à condição de mulher, passaria a ser considerado feminicídio. 

-Hoje esta é uma das principais legislações na luta pela garantia do direito das mulheres. Serve ainda para dar visibilidade a um assunto que, por vezes, ficava escondido em meio às estatísticas. No entanto, pouco se avançou sobre o tema. E retratar isso em forma de reportagem é colocar o dedo na ferida do problema, mostrando que ainda temos muito a evoluir como sociedade nos cuidados e na proteção às mulheres – reforça Luana Amorim. 

Parte da produção esteve na edição do impresso dos dias 22 e 23 de março e também terá destaque no final de semana dos dias 29 e 30 de março. 

-Nossa produção revela detalhes dos números de SC e conta histórias de famílias que foram massacradas pela violência doméstica. E para isso ninguém melhor do que jornalistas mulheres para trabalharem de forma conjunta no tema – explica a coordenadora de conteúdo do NSC Total, Raquel Vieira. 

Além de Luana Amorim, participaram da produção as jornalistas Kássia Salles, Júlia Venâncio, Fernanda Silva e Talita Catiê. O projeto gráfico é da designer Ciliane Pereira. 

-Os números da violência contra as mulheres são apavorantes em Santa Catarina, no Brasil e no mundo. Não dá para se calar diante de números tão trágicos, é preciso denunciar sempre. É isso o que mostra esta série de reportagens feita por seis mulheres, com extrema sensibilidade e respeito pelas vítimas e suas famílias – afirma César Seabra, diretor de Conteúdo da NSC.